Wednesday, October 23, 2013

Bitches, please.

Quando você se casa tem sempre pessoas que te olham torto, como se você estivesse se submetendo a algo que te inferioriza e tem o outro grupo que te deseja boa sorte. Tento entender, mas juro que não consigo. Desde quando escolher viver com quem se ama é machista? E pior: se a pessoa acha que casamento é questão de sorte, está explicado porque seus relacionamentos são falidos. A única sorte é achar alguém com quem nos identificamos, o resto é trabalho árduo todo dia. Se relacionar com outros seres humanos é sempre trabalhoso, imagine com aquelx que vive sob o mesmo teto, dividindo tudo...

Monday, October 21, 2013

Bocejo

O tempo passa e a minha preguiça permanece imutável. 

Eu tenho preguiça de gente. Muita. Tanta que me faz contrair o rosto em uma careta.

A minha preguiça se estende principalmente aqueles que ficam dando lição de moral pela internet, se achando especialistas em política, altamente cultos e comedidos por só compartilhar coisas "interessantes", gente que tem aquela postura de "eu-não-sou-um-desses-retardados-que-amam-internet", mas segue querendo atenção nas redes sociais, gente que é incapaz de fazer um elogio, gente que espera que você dê atenção, mas que não pode parar para escutar outrem por minutos, gente que deixa de falar com você porque não aguenta te ver feliz, gente que não sabe interpretar o que lê e já vem com dez pedras na mão, indivíduos que ficam procurando defeitos para apontar nos outros, pessoas que são infelizes e querem espelhar sua vida na delas, gente que vive de aparências, que é obcecada com o que os outros vão pensar, gente que quer controlar o corpo alheio, etc. 

Eu queria terminar esse post com uma sábia frase cheia de humildade, que fizesse esse tipo de pessoa pensar, mas... Sinceramente? 

Tenho preguiça.


Thursday, October 17, 2013

Meu marido

Até agora me causa estranhamento a palavra marido, mais ainda quando vem acompanhada de "meu". É irônico já que esperei por tantos anos para estar ao lado dele. Agora que estou aqui, me sinto tão engraçada dizendo qualquer frase que contenha "meu marido". O mais estranho é que ele se sente completamente à vontade com o meu título. "Nós já estávamos casados na minha cabeça, há anos", diz ele.  Também me sinto igual, mas ainda assim continuo sendo a mesma - aquela que está sempre lutando contra convenções. Pura criancice! Convenções já me provaram que podem ser incrivelmente divertidas e deliciosas.

Meu marido é um cara absurdamente quieto, um sujeito que é de poucas palavras, mas às vezes tem tiradas que me fazem gargalhar. 
Meu marido é um homem engraçado e pouca gente sabe disso.
Meu marido não conhece o conceito de privacidade, chega do trabalho abrindo portas querendo me ver, está sempre com saudades. 
Meu marido acha tudo que eu faço na cozinha ótimo, mas não gosta muito de cozinhar como me disse (propaganda enganosa, hein!?).
Meu marido é um cara muito focado, nada quebra sua concentração quando ela é necessária.
Meu marido é a pessoa mais pró-abraço que conheço, às vezes cozinho com ele agarrado à minha cintura. 
Meu marido faz declarações de amor do nada e por nada. 
Meu marido adora jogar no computador e ser o grande nerd que ele é, não sente a menor vergonha disso.
Meu marido acha todas as minhas piadas engraçadas, gargalha inclinando a cabeça para trás.
Meu marido tem o hábito irritante de sentar para assistir TV comigo e assistir hockey no celular ao mesmo tempo.
Meu marido dorme em um milésimo de segundo, é quase sobrenatural.
Meu marido dirige como um maníaco ouvindo música eletrônica.
Meu marido é esse poço de características e mistérios - novos e conhecidos.
Meu marido é o cara que disse "I do" na cerimônia de casamento antes da hora porque tinha pressa de ser, além de todo o resto que ele é, simplesmente MEU MARIDO.


Novos ventos

Sou da época em que blogar significava manter um diário de ideias e pensamentos aleatórios acerca de algum assunto específico ou simplesmente sobre quem escrevia. Hoje em dia os blogs são páginas que contém dicas, tutoriais e até dão prêmios aos leitores. São revistas ambulantes feitas por editores wannabe. 

Confesso que sigo alguns, os mais úteis, para aprender ou ganhar algo. Entretanto, não vejo como um desses blogs modernos podem despertar o mesmo sentimento que o meu antigo canal de sublimações me causava. Agora há pouco ao escrever lá que era o fim, me veio esse sentimento de perda enorme. Mesmo ao digitar essas palavras aqui, sinto que esta tela branca não é tão amigável quanto aquela. No fundo essa vontade de desfazer tudo e continuar lá. Deixar o nome besta que escolhi pra ele e que me incomoda demais virar só um nome sem importância. Nada mais normal, certo? Mudar é uma das melhores coisas da vida, mas sempre dói de alguma forma. Combina demais com o meu momento. Nada para se alarmar, eu não me lembro de ter estado feliz assim, mas quando me pego quieta e sozinha em casa tem esse comichão de saudade e uma dorzinha aguda em algum lugar escondido. Muitas vezes não quero saber onde está, mas em alguns dias - como hoje - quero deixar escorregar pelas mãos e bater no teclado luminoso. Timidamente assim vou me esgueirando e fazendo as pazes com essa enorme quantidade de palavras que gritam na minha mente.  


Eu voltei?

Just breathe

Um blog novo, uma nova página, uma nova vida.

Diafragma por dois motivos: na fotografia é preciso abrir o diafragma para obter mais luz e porque é preciso respirar para seguir em frente. Sempre.




Breathe, keep breathing.